Nesta semana da metade de Janeiro recebi comentários
de minha irmã sobre a dieta que estou seguindo.
Disse ela que “infelizmente os alimentos da Banquet são
ricos em carboidratos, gorduras saturadas e sal”. Orientou-me a optar por
pratos com mais legumes e verduras, diz que ameniza um pouco, ainda assim “o problema
continua sendo o sal”.
Me mandou cozinhar em casa
sopões sem carboidrato durante a semana. E me passou a seguinte receita: “Carne,
um pedaço pequeno, frite com cebola e temperos, podem ser até prontos, mas
procure sem sal, e coloque pedaços de legumes. Um pouco de massa para sopa,
daquelas pequenas, para dar substância e ficas bem”. Por fim recomentou
pacotes de sopas frescas prontas. E, reforçou, “boas caminhadas ajudam muito!”
Atenção, vou por em negrito algumas das
recomendações de minha querida irmã:
- cozinhar em casa sopões sem carboidrato
durante a semana;
- frite com cebola e temperos;
- massa para sopa,..., para dar substância;
- boas caminhadas ajudam muito.
Vou me abster de fazer comentários...,
mas as recomendações não são ‘exatamente’ orientadas para meu perfil.
Ainda assim, fui buscar alternativas e
... troquei o fornecedor das comidas congeladas, larguei a Banquet e adotei a
Michelina’s (http://www.michelinas.com/).
E não parei por aí, fui ler detalhadamente os Nutritions Facts dos produtos. Escolhi
a linha Traditional Recipes e observei que há uma referência explícita a
Carboidratos e no prato que eu almocei hoje (Stir Fry Rice & Vegetables
with Chicken in sauce) eram 55g, ou 18% de uma dieta de 2.000 calorias dia.
Quanto ao Sódio (que recentemente virou o vilão da moda no Brasil), tinha 940
mg, ou 39% da dieta de 2.000 calorias. Como o prato é bem pouquinho, tem só 227g, comi também um Banquet remanescente que tinha 33g de Carboidratos (11%) e
520 mg de Sódio (22%). Eram Chicken Nuggets and Fries (142 g).
Então, calculando, no almoço, comi (18 +
11) 29% dos Carboidratos de uma dieta diária de 2.000 Calorias, e (39 + 22) 61%
do Sódio. Considerando que uma dieta de 2.000 dia me levaria a desnutrição,
sobrou muito ainda para consumir no café da manhã e na janta.
Assim sendo, creio estar definitivamente
comprovado que estou me alimentando bem, sem precisar cozinhar sopões.
Minha filha mais internacionalizada, a
Verônica (apesar das outras já terem muitas milhagens) também fez comentários.
Voltou a se manifestar dizendo que “qualquer criança sabe que as taxas de
aluguel de carro publicadas, que são baratíssimas, não incluem seguro... Manifestou
sua preocupação com meu futuro e chegou a por em dúvida meu status profissional
e social por não saber destas coisas.
Talvez ela tenha lido meus reclames muito
rapidamente e não tenha percebido que o que de fato ocorreu é que me informaram
que o seguro teria um preço, e me cobraram o dobro. Além disso, eu conhecia as
taxas de tributos, mas, apareceram várias outras desconhecidas. Assim, reitero,
cuidado com os preços, não são o que parecem – são sempre maiores.
Nesta semana
conheci o sistema de transporte público de Albuquerque. Entendi os mapas e como
funcionam as conexões. Bem em frente ao meu residencial tem uma parada da Route
16/18 – Broadway/University/Gibson.
São várias as
Routes, e há também linhas expressas. Todas se cruzam em algum ponto, então é
possível fazer baldeações e chegar a todos os lugares atendidos pela rede. A
passagem individual é $1, mas tem um passe diário de $2 que permite os
transbordos.
Todas as rotas tem
tabelas de horários que são cumpridos. O problema é que são poucos os horários.
Para ter uma ideia, na minha rota, se você perde o ônibus das 8:27h, o próximo
é só às 9:17h, e o seguinte às 10:05h, um intervalo de 50 minutos entre cada
passada.
O ponto final da
Route 16/18 é o Alvarado Transportation Center. Um belo prédio no centro da
cidade que concentra os ônibus municipais, os interestaduais e os trens (veja
fotos). Várias rotas terminam lá.
Peguei o ônibus das
9:17h e fui até a estação Alvarado, e comecei a caminhar pelas ruas do centro,
que é pequeno, mas com vários prédios altos (algo incomum no restante da cidade
– veja foto).
Bem, é quase
deserto e sem comércio de rua ativo. Pouca gente na rua - imagino que estivessem
nos prédios. E quem está na rua, na sua grande maioria, são pobres e/ou
desocupados (homeless).
Esta é uma
constatação. Na rua, caminhado (que nem eu) só pobre. Quem pode anda de carro.
De vez em quando se vê uma madame passeando com o cachorro, um componente da
geração saudável vestido de roupas apertadas correndo pelas ruas, e alguns
estudantes. O resto, tudo pobres e indigentes – tem muitos.
Especialmente nos
arredores da estação Alvarado havia uma concentração bastante grande.
Caminhando acabei por descobrir por que. Ao redor da estação estão as
principais instituições religiosas com os abrigos e sopões para desabrigados.
Vi pelo menos duas
delas. E claro, como não poderia deixar de ser aqui na América, amplas e quase
suntuosas. Cheguei a pensar em entrar na fila para experimentar a sopa e
conhecer os alojamentos.
Decepcionado com o
centro resolvi voltar e me dei conta que meu ônibus só estaria disponível em 45
minutos. Resolvi então pegar uma linha expressa que passa em frente a universidade,
e, novamente, fazer o restante do caminho até meu residencial a pé.
No próximo post
pretendo apresentar um cálculo do já caminhado por aqui. Estou me sentindo o
Tom Hanks no Forrest Gump atravessando os EUA a pé (http://pt.wikipedia.org/wiki/Forrest_Gump).
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