terça-feira, 14 de janeiro de 2014

Fim de semana 11 e 12/01 - Parte II

Domingo (12/01) acordei cedo, comi a salada de frutas matutina, peguei a máquina fotográfica, o carro, e parti com destino a Santa Fé. Fui pela InterState New México 25, que corre no mesmo trajeto da US 85. Ainda não entendi bem isso, parece que as antigas estradas (US 85) quando reformadas e transformadas em highways recebem um novo número (I 25).
Neste trajeto só se trafega no deserto. Fiz algumas fotos. Algumas vão aqui (as demais estão em um álbum privado no Facebook). É bonito, mas não é a minha predileção. 







Parece que está tudo vazio, mas existem vários vilarejos no caminho. Acontece que todos pintam as casas de marrom ou ocre e então, como tudo é baixo, você não distingue as casas no deserto, fica tudo integrado.
Creio que deva existir alguma legislação que proíba o uso de outras cores. Vai ver que se alguém pintar a casa de azul leva uma multa ou é repudiado pelos vizinhos.
Bem, em todo o caso, depois de alguns minutos trafegando em uma auto estrada cheguei a Santa Fé. É menor que Albuquerque, mas tem a mesma disposição geográfica, tudo espraiado.
Não deve ter nenhum prédio com mais de três andares na cidade, largas avenidas cortam a cidade e ao seu lado desenvolve-se a vida local. Não achei atrativos em Santa Fé (mas também não procurei). Fui a Los Alamos, queria conhecer a cidade do Laboratório Nacional de Los Alamos.
Para ir a cidade de Los Alamos (http://en.wikipedia.org/wiki/Los_Alamos,_New_Mexico) saí da highway e devo ter pego a 502. A estrada é mais estreita e passa por lugares muito bonitos no deserto subindo até 2.231 m. Algumas fotos.

Não encontrei os laboratórios e como queria ir até Taos, resolvi não procurar muito e segui em frente. Passei por Espanola e pela 68 fui até Taos (http://en.wikipedia.org/wiki/Taos,_New_Mexico). Taos é uma pequena cidade originada do povoado indígena de Taos com 6.000 habitantes. Tem um centrinho histórico bem bonito, mas para estacionar, tem parquímetro. Eu não tinha moedas, então não estacionei. Veja foto.
O restante da cidade, a nova, se espalha pelo trajeto da 68 – tudo esparramado.
Almocei no MacDonalds e comi apenas uma salada, mas tomei um copo gigante de CocaCola. Resolvi voltar, mas procurei no GPS alguma função que me endereçasse via estradas secundárias. Encontrei a possibilidade de marcar a opção de “evitar highways”. Foi uma sábia decisão, fiz toda a volta evitando as grandes estradas.
Saí de Taos pela 68, peguei a 502 até Los Alamos (entrando pelo outro lado da cidade) e segui pela 4 até a 550 (veja mapa). Uau, que cenários. Realmente fantásticos.
Realmente não dá para conhecer um país trafegando pelas highways. Se tiveres tempo tens de marcar a opção “evite highways” no teu GPS e aproveitar o cenário.
Minha volta de Taos a Albuquerque foi sensacional.
Ainda no trajeto entre Taos e Los Alamos margeei o rio Grande que na região de Espanola é muito bonito. É um rio pequeno, cercado do cenário de deserto, mas com vários pontos nevados. A estrada passa muito perto do rio e há vários pontos de descanso que te permitem molhar os pés no rio (além de fazer piquenique e havia placas orientando para pescarias). Algumas fotos. 







Quando caí na 502 e na 4 encontrei um outro panorama, completamente diferente do deserto pelo qual transitei na ida. Parecia que eu estava na Floresta Negra nevada da Alemanha.
O trajeto passa pelo Valles Calldera National Preserve e por Jemez Springs. Imperdíveis. A cada curva uma surpresa. Para mim que gosto de montanhas e neve, o cenário perfeito.



A 502 me levou a entrar em Los Alamos pelo Norte e encontrei o Laboratório Nacional de Los Alamos (http://pt.wikipedia.org/wiki/Laborat%C3%B3rio_Nacional_de_Los_Alamos). Vendo se entende bem porque é dos Estados Unidos que surgem as coisas. É um complexo gigantesco. Só pude ver ao longe (veja foto).
Os dados quantitativos são impressionantes. E existem vários complexos de laboratórios como este espalhados por todos os Estados Unidos.
Segui a viagem e peguei a 4. Ela margeia a Reserva e apresenta paisagens incríveis. Praticamente a cada quilometro há um ponto de observação, um recanto, um mirante, área de descanso, enfim, lugares aprazíveis, tudo muito arborizado e, nesta época, nevado.
Tirei muitas fotos, mas perdi muito mais. Já estava entardecendo, e como o sol se põe lá pelas 17h eu precisava retornar. Segui pela 4 até a 550, que já é uma estrada maior, e cheguei, já noite (18:30) em Albuquerque.
Fui ao meu quarto, descarreguei as coisas, e fui devolver o carro na locadora. Antes abasteci, e como o tanque estava na reserva, pré paguei $ 50 para encher o tanque (você vai no caixa, diz a bomba e o valor, e o caixa libera o combustível), no entanto, só consegui por $ 35 de gasolina no carro – resumo – perdi $15 de combustível.
Como já falei pensava em utilizar o shuttle para diminuir minha caminhada de volta. Não deu certo, o ônibus só para na área de desembarque do aeroporto, e então optei por retornar de taxi. Mas por incrível que pareça não tem taxis no aeroporto. Aviões chegando a toda hora e não tem taxi. É bem verdade que a maioria das pessoas são buscadas ou deixaram seus carros no estacionamento, mas não ter taxi no aeroporto é dose.
Tive que chamar um taxi por telefone. Quando ele chegou, o motorista viu que tinha uma outra pessoa esperando e me perguntou se a podia levar também. Claro que pode, disse – afinal, um carrão grande (como são os taxis aqui) para duas pessoas não é problema, além de econômico e sustentável. Perfeito, embarcou o outro passageiro e fomos. Pensei cá comigo, vai ver que ele vai dar um desconto no valor, afinal está levando dois e vai cobrar dos dois (uns 50% de desconto me pareceu razoável). Que nada, na chegada me cobrou $11 – valor cheio, sem taxímetro que é coisa de subdesenvolvido no Brasil.

Então, este fim de semana criativo acabou me saindo 141 + 50 (combustível) + 11 (taxi) = $ 202. Se não fosse a volta pelo “alpes” de Los Alamos e Jemez Spring não teria valido a pena.

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