Domingo (12/01)
acordei cedo, comi a salada de frutas matutina, peguei a máquina fotográfica, o
carro, e parti com destino a Santa Fé. Fui pela InterState New México 25, que
corre no mesmo trajeto da US 85. Ainda não entendi bem isso, parece que as
antigas estradas (US 85) quando reformadas e transformadas em highways recebem
um novo número (I 25).
Neste trajeto só se
trafega no deserto. Fiz algumas fotos. Algumas vão aqui (as demais estão em um álbum
privado no Facebook). É bonito, mas não é a minha predileção.
Parece que está
tudo vazio, mas existem vários vilarejos no caminho. Acontece que todos pintam
as casas de marrom ou ocre e então, como tudo é baixo, você não distingue as
casas no deserto, fica tudo integrado.
Creio que deva
existir alguma legislação que proíba o uso de outras cores. Vai ver que se
alguém pintar a casa de azul leva uma multa ou é repudiado pelos vizinhos.
Bem, em todo o
caso, depois de alguns minutos trafegando em uma auto estrada cheguei a Santa
Fé. É menor que Albuquerque, mas tem a mesma disposição geográfica, tudo
espraiado.
Não deve ter nenhum
prédio com mais de três andares na cidade, largas avenidas cortam a cidade e ao
seu lado desenvolve-se a vida local. Não achei atrativos em Santa Fé (mas
também não procurei). Fui a Los Alamos, queria conhecer a cidade do Laboratório
Nacional de Los Alamos.
Para ir a cidade de
Los Alamos (http://en.wikipedia.org/wiki/Los_Alamos,_New_Mexico)
saí da highway e devo ter pego a 502. A estrada é mais estreita e passa por lugares
muito bonitos no deserto subindo até 2.231 m. Algumas fotos.
Não encontrei os
laboratórios e como queria ir até Taos, resolvi não procurar muito e segui em
frente. Passei por Espanola e pela 68 fui até Taos (http://en.wikipedia.org/wiki/Taos,_New_Mexico).
Taos é uma pequena cidade originada do povoado indígena de Taos com 6.000
habitantes. Tem um centrinho histórico bem bonito, mas para estacionar, tem parquímetro.
Eu não tinha moedas, então não estacionei. Veja foto.
O restante da
cidade, a nova, se espalha pelo trajeto da 68 – tudo esparramado.
Almocei no
MacDonalds e comi apenas uma salada, mas tomei um copo gigante de CocaCola.
Resolvi voltar, mas procurei no GPS alguma função que me endereçasse via
estradas secundárias. Encontrei a possibilidade de marcar a opção de “evitar
highways”. Foi uma sábia decisão, fiz toda a volta evitando as grandes
estradas.
Saí de Taos pela
68, peguei a 502 até Los Alamos (entrando pelo outro lado da cidade) e segui
pela 4 até a 550 (veja mapa). Uau, que cenários. Realmente fantásticos.
Realmente não dá
para conhecer um país trafegando pelas highways. Se tiveres tempo tens de
marcar a opção “evite highways” no teu GPS e aproveitar o cenário.
Minha volta de Taos
a Albuquerque foi sensacional.
Ainda no trajeto
entre Taos e Los Alamos margeei o rio Grande que na região de Espanola é muito
bonito. É um rio pequeno, cercado do cenário de deserto, mas com vários pontos
nevados. A estrada passa muito perto do rio e há vários pontos de descanso que
te permitem molhar os pés no rio (além de fazer piquenique e havia placas
orientando para pescarias). Algumas fotos.
Quando caí na 502 e na 4 encontrei um outro panorama, completamente diferente do deserto pelo qual transitei na ida. Parecia que eu estava na Floresta Negra nevada da Alemanha.
O trajeto passa
pelo Valles Calldera National Preserve e por Jemez Springs. Imperdíveis. A cada
curva uma surpresa. Para mim que gosto de montanhas e neve, o cenário perfeito.
A 502 me levou a
entrar em Los Alamos pelo Norte e encontrei o Laboratório Nacional de Los Alamos (http://pt.wikipedia.org/wiki/Laborat%C3%B3rio_Nacional_de_Los_Alamos). Vendo se entende
bem porque é dos Estados Unidos que surgem as coisas. É um complexo gigantesco.
Só pude ver ao longe (veja foto).
Os dados quantitativos são impressionantes. E
existem vários complexos de laboratórios como este espalhados por todos os
Estados Unidos.
Segui a viagem e
peguei a 4. Ela margeia a Reserva e apresenta paisagens incríveis. Praticamente
a cada quilometro há um ponto de observação, um recanto, um mirante, área de
descanso, enfim, lugares aprazíveis, tudo muito arborizado e, nesta época,
nevado.
Tirei muitas fotos,
mas perdi muito mais. Já estava entardecendo, e como o sol se põe lá pelas 17h
eu precisava retornar. Segui pela 4 até a 550, que já é uma estrada maior, e
cheguei, já noite (18:30) em Albuquerque.
Fui ao meu quarto,
descarreguei as coisas, e fui devolver o carro na locadora. Antes abasteci, e
como o tanque estava na reserva, pré paguei $ 50 para encher o tanque (você vai
no caixa, diz a bomba e o valor, e o caixa libera o combustível), no entanto,
só consegui por $ 35 de gasolina no carro – resumo – perdi $15 de combustível.
Como já falei
pensava em utilizar o shuttle para diminuir minha caminhada de volta. Não deu
certo, o ônibus só para na área de desembarque do aeroporto, e então optei por
retornar de taxi. Mas por incrível que pareça não tem taxis no aeroporto.
Aviões chegando a toda hora e não tem taxi. É bem verdade que a maioria das
pessoas são buscadas ou deixaram seus carros no estacionamento, mas não ter
taxi no aeroporto é dose.
Tive que chamar um
taxi por telefone. Quando ele chegou, o motorista viu que tinha uma outra
pessoa esperando e me perguntou se a podia levar também. Claro que pode, disse
– afinal, um carrão grande (como são os taxis aqui) para duas pessoas não é
problema, além de econômico e sustentável. Perfeito, embarcou o outro
passageiro e fomos. Pensei cá comigo, vai ver que ele vai dar um desconto no
valor, afinal está levando dois e vai cobrar dos dois (uns 50% de desconto me pareceu razoável). Que
nada, na chegada me cobrou $11 – valor cheio, sem taxímetro que é coisa de
subdesenvolvido no Brasil.
Então, este fim de
semana criativo acabou me saindo 141 + 50 (combustível) + 11 (taxi) = $ 202. Se
não fosse a volta pelo “alpes” de Los Alamos e Jemez Spring não teria valido a
pena.
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