Fiz o cálculo do que já caminhei desde que cheguei.
Fui e
voltei ao supermercado Smith’s (https://www.smithsfoodanddrug.com/)
e ao Family Dollar (http://www.familydollar.com/) que é ao
lado, umas cinco vezes (3 milhas ida e volta cada vez). Fui ao aeroporto para
retirar o carro alugado uma vez (2 milhas). E hoje, sábado, 18/1, fiz um novo
roteiro indo até a Universidade pela University Blvd, passando em frente ao
Parque Científico e Tecnológico da UNM (http://iss.unm.edu/red/STP.html) e
retornando pela Yale Blvd. até encontrar a Gibson Blvd. (4 milhas). Somando, 21
milhas, ou 33,796224 quilometros. É a distância de
Porto Alegre a São Leopoldo.
Como estou aqui a 15 dias, se continuar nesta média, quando voltar ao
Brasil terei caminhado 404 quilometros. É quase como ir de Porto Alegre a
Florianópolis (454 km).
Como havia programado, ainda na sexta (17/1) fui à loja da AT&T para
verificar como poderia trocar meu telefone por um smartphone. Vou precisar
fazer a troca para que eu possa instalar o “token” do HSBC e operar meu
internet bank adequadamente. O HSBC implementou a medida de segurança e
praticamente obrigou seus clientes a terem um smartphone. Há uma opção de
sistema pré-pago por $ 60 mês (ilimitado) mais o aparelho, um Nokia Lumia 520 com
sistema operacional Windows por $ 100. O mesmo aparelho no Brasil está na casa
dos R$ 380 (Buscapé).
Apesar de algumas dúvidas que me ficaram (não acreditei muito quando o
atendente me disse que não tem qualquer bloqueio no aparelho e que eu posso
trocar o chip por de outra operadora e vai funcionar) resolvi fechar o negócio,
e então, o vendedor foi buscar o telefone, e... não tinha o aparelho. Ele ficou
de pedir reposição de estoque e eu de voltar em outra oportunidade.
Mas esta ida a AT&T me permitiu observar melhor o sistema de
transporte urbano da cidade. Para ir a loja que fica na Louisiana Blvd. precisei
usar duas rotas de ônibus, a 16/18 que passa em frente ao meu residencial e
depois a 766, a Red Line Rapid Ride.
Sempre há lugar para sentar pois os ônibus andam vazios (em qualquer
horário – já mencionei que só pobre anda de ônibus aqui). Os ônibus tem duas
portas (ou três no caso dos articulados da Rapid Ride) e as pessoas descem por
qualquer delas, mas sobem só pela da frente para pagar ou apresentar os
documentos de isenção.
É bem interessante. As pessoas nas paradas esperam que desçam os
passageiros e só então sobem. Ao lado do motorista há um receptor de dinheiro e
emissor de tikets (claro que não tem cobrador). Todos precisam pagar nesta
máquina, ou apresentar a carteira de isenção. Então imaginem, desce todo mundo,
sobe todo mundo, e todos passam no motorista e põem o dinheiro na máquina –
cada parada é quase dois minutos de entra e sai (ainda bem que são poucos os
passageiros). Ainda há os ciclistas, que colocam suas bicicletas na frente do
ônibus em um suporte especial. Enquanto não está tudo acomodado o ônibus não
arranca. Tudo muito calmo e tranquilo.
O ônibus aceita crianças de carrinho e cães. Carrinhos de bebes
americanos são bem grandes (inclusive entre os pobres, maior parte dos
passageiros) e ocupam um espaço que não existe nos ônibus brasileiros de
transporte urbano. Aqui, os primeiros bancos da frente do ônibus são longitudinais
o que gera uma área bem ampla para os enormes carrinhos, e assim se resolve a
situação.
Cães também são benvindos e ficam debaixo dos bancos de seus donos
(latem menos do que as crianças choram). Todos os ônibus tem sistema de acesso
para cadeirantes.
Mas, o mais interessante é que, ao descer, boa parte dos passageiros
agradece o motorista e desejam um “have a nice day”. Inclusive quem desce
pelas portas de trás, o que faz com que o agradecimento seja digo em voz bem
alta para que o motorista ouça. O motorista emite um grunhido, fecha a porta e
segue adiante.
Com este sistema quase bucólico o problema que se cria para mim é que há
poucos horários de ônibus. A bem da verdade não é necessário mais, porque os
ônibus sempre andam vazios. Mas você precisa andar com as tabelinhas de
horários para saber quanto tempo vai esperar na parada pelo próximo ônibus. Tem
um app que pode ser baixado no smartphone para controlar este horários e se eu
fizer um upgrade no meu telefone serei um feliz usuário.
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