terça-feira, 14 de janeiro de 2014

Fim de semana 11 e 12/01 - Parte I

Na última sexta-feira (10/01) fiz um descoberta importante. O micro ondas instalado na minha cozinha, além da lâmpada interna, tem também uma lâmpada embaixo, e como ele está afixado dependurado no armário da cozinha, quando acendo a luz ele ilumina a bancada da cozinha. (veja na foto).
Facilitou bem minha vida de gourmet. Estava tendo dificuldade de ler as instruções dos congelados porque a luz do quarto não era suficiente para iluminar a bancada da cozinha. Agora, este problema está resolvido.
Resolvi que no fim de semana alugaria um carro para atender minhas necessidades de deslocamentos na cidade e também para um passeio no domingo. Fiz pesquisas na internet e encontrei diárias de US$ 16 para o sábado e domingo (pegar o carro às 9 da manhã de sábado e devolver às 9 da noite de domingo). Achei bem econômico, mas, novamente, fui enganado.
Já me aconteceu antes, e desta vez, de novo.
Aqui você precisa ter cuidado, o preço final raramente é o que te apresentam na venda. Além das taxas, que já são esperadas, há uma série de outros itens que te cobram. Nada é de graça, tudo tem preço, e em geral, preços que eu não estou disposto a pagar.
No caso do aluguel do carro, na reserva que fiz pela internet, o preço com as taxas ficou em US$ 33 + 22 ($11 de seguro por dia) = $ 55.
Estou utilizando a equação 3 por 1 para converter para Reais. É isso mesmo que custa o Dólar por agora. Você não compra por menos de R$ 2,50 e em cima disso sempre tem taxa disso e daquilo, então R$ 3 é um cálculo bem apropriado.
Então previa pagar pela locação uns R$ 165, mais a gasolina.
Como o local para retirar o carro é no aeroporto e eu estou a umas 2,4 milhas de lá, acordei cedo preparado para começar o dia com uma caminhada de quase 1 hora. É bom lembrar que 2,4 milhas são 3,8 km.
Saí do quarto às 7:45h, cheguei ao destino um pouco antes das 9h (isso não é vida). Ao chegar, no balcão da locadora, a Enterprise, foi uma dificuldade encontrar o Brasil entre os países de origem do motorista. Chamaram o supervisor, mas quem resolveu, foi um funcionário mais antigo, negro de 2,5m de altura, que sabia que se precisava apertar umas teclas PF (se não me engano a 5) para encontrar a lista de países onde estava o Brasil. Fora esta pequena demora e a tentativa de me dar um carro de nível maior e mais seguros (claro cobrando) tudo se acertou e às 9:20 estava entrando no carro, um Toyota Yaris vermelho (mais adiante publico uma foto).
Ao receber o contrato, já no carro, percebi que haviam incluído mais $24 pelo GPS ($12 por dia – o GPS no WalMart custa $100 – em menos de dez dias de locação eles pagam o GPS – eu contribuí com 2 dias). Além disso o seguro, que na reserva era de $11 por dia, passou para $ 22 por dia – só dobrou. E as taxas também subiram, agora eram 5 taxas (customer facility charge, concession fee, NM leased vehicle surcharge, sales tax e rental car tax). Nestas alturas o valor total já estava em 73 (locação com taxas)+ 44 (seguro) +24 (GPS)= 141. Usando minha formula de conversão, já estava pagando R$ 423.
Segui em frente e saí a passear pela cidade ainda pela parte da manhã. Como na caminhada de ida ao aeroporto vi que havia uma linha de ônibus que fazia o shuttle entre as garagens dos carros alugados e a área de chegada do aeroporto fiquei pensando que na volta, ao entregar o carro, poderia pegar o ônibus e ir com ele até mais próximo de meu residencial, diminuído a volta a pé. Não funcionou. Depois conto.
Já me localizo bem na região em que estou, então fui ao centro de Albuquerque sem usar o GPS, e transitei pelas ruas principais. Resolvi ir conhecer o rio Grande que corta a cidade no seu lado oeste. Peguei a Central Ave e fui até encontrar a ponte que passa sobre o rio.
Aqui um parêntesis, a Central Ave é parte da antiga Rota 66 (http://pt.wikipedia.org/wiki/U.S._Route_66), famosa nos anos 60 e cenário de vários filmes, entre eles Easy Rider – Sem destino (http://pt.wikipedia.org/wiki/Easy_Rider).
Bem, retomando, nesta época do ano, chamar o rio de Grande é uma pretensão, pode até ser grande em comprimento (e é), mas em largura, especialmente enquanto corta Albuquerque, tem menos largura e água do que nosso arroio do Dilúvio. A seguir uma foto da cidade com o rio na primavera, quando está mais cheio. Mesmo assim, nem perto do Guaiba.
É bom lembrar que estamos no deserto e para não desmerecer o rio Grande aí vão algumas outras informações. Ele corta todo o estado do Novo México, tem 3.034 km de comprimento, nasce nas montanhas San Juan no Colorado há 3.900 m de altura e desagua no Golfo do México. É um dos maiores rios da América do Norte, e, a partir de El Paso, serve de fronteira entre os Estados Unidos e o México. Este é o famoso rio utilizado por muitos imigrantes ilegais que, com a ajuda de coiotes, entram ilegalmente no país.
Ainda pela manhã fui até a loja da AT&T, tem só uma em Albuquerque que vende produtos ao consumidor final. Fica num shopping na 2200 Louisiana Blvd NE. Avaliei se poderia trocar meu telefone por um smart phone mantendo o mesmo número. Resposta: claro que sim, basta pagar.
Tem um plano de $60 ilimitado mais o telefone que está na casa dos $100. Para manter o mesmo número que já tenho preciso retornar a loja no dia 17 (que é o dia em que comprei o telefone em dezembro, e que fecha um mês de uso). Até lá vou decidir.
Aproveitei e fiz o rancho da semana no WalMart. Refiz o estoque de congelados de $1, de bebidas e de saladas de frutas.
Na parte da tarde continuei meus passeios pela cidade e aproveitei para almoçar. Escolhi uma padaria e comi umas torradinhas, tudo bem leve. Fui a casa da Carolina, filha do prof. Franco para pegar alguns itens que ela dispunha para me emprestar. Peguei um balde, uma vassoura esfregão, facas, panelas, panos de pratos e outras facilidades domésticas. Estou completamente equipado como “dono de casa” – agora não necessito mais nada.
Fui também a casa do mecânico Jorge (um mexicano) que amigos da Carolina conhecem e que me indicaram para comprar um carro. Ele tem um Kia Rio bem antigo, com capô azul em um carro de cor marrom – um belo contraste. Quer $ 1.500. Fiquei de verificar qual a documentação necessária para registrar o carro em meu nome e voltar a falar. Fiz algumas pesquisas na internet e não vai ser fácil. Tem uma série de providencias para realizar e já estou achando por demais burocrático. Nos próximos dias vou continuar avaliando.
Nesta altura já começava a escurecer e voltei para o residencial que tem um amplo estacionamento. Foi fácil estacionar bem debaixo de minha janela. Subi preparei deliciosa janta com congelados, assisti alguns filmes com legendas em inglês, acho que ajuda a apreender, e fui dormir porque no dia seguinte, domingo, programei uma viagem para Santa Fe, Los Alamos e Taos.

Conto no próximo post, não sem antes mencionar, que para ver filmes na TV tive de pagar mais uma taxa. O quarto vem sem TV, apesar de ter o box da DirectTV. Você pede para instalar a TV e eles te cobram uma taxinha adicional de $ 30 por mês para ver televisão. Eles é que inventaram o capitalismo.

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