Na última
sexta-feira (10/01) fiz um descoberta importante. O micro ondas instalado na
minha cozinha, além da lâmpada interna, tem também uma lâmpada embaixo, e como
ele está afixado dependurado no armário da cozinha, quando acendo a luz ele ilumina
a bancada da cozinha. (veja na foto).
Facilitou bem minha
vida de gourmet. Estava tendo dificuldade de ler as instruções dos congelados
porque a luz do quarto não era suficiente para iluminar a bancada da cozinha.
Agora, este problema está resolvido.
Resolvi que no fim
de semana alugaria um carro para atender minhas necessidades de deslocamentos
na cidade e também para um passeio no domingo. Fiz pesquisas na internet e
encontrei diárias de US$ 16 para o sábado e domingo (pegar o carro às 9 da
manhã de sábado e devolver às 9 da noite de domingo). Achei bem econômico, mas,
novamente, fui enganado.
Já me aconteceu
antes, e desta vez, de novo.
Aqui você precisa
ter cuidado, o preço final raramente é o que te apresentam na venda. Além das
taxas, que já são esperadas, há uma série de outros itens que te cobram. Nada é
de graça, tudo tem preço, e em geral, preços que eu não estou disposto a pagar.
No caso do aluguel
do carro, na reserva que fiz pela internet, o preço com as taxas ficou em US$
33 + 22 ($11 de seguro por dia) = $ 55.
Estou utilizando a
equação 3 por 1 para converter para Reais. É isso mesmo que custa o Dólar por
agora. Você não compra por menos de R$ 2,50 e em cima disso sempre tem taxa
disso e daquilo, então R$ 3 é um cálculo bem apropriado.
Então previa pagar
pela locação uns R$ 165, mais a gasolina.
Como o local para
retirar o carro é no aeroporto e eu estou a umas 2,4 milhas de lá, acordei cedo
preparado para começar o dia com uma caminhada de quase 1 hora. É bom lembrar
que 2,4 milhas são 3,8 km.
Saí do quarto às
7:45h, cheguei ao destino um pouco antes das 9h (isso não é vida). Ao chegar, no
balcão da locadora, a Enterprise, foi uma dificuldade encontrar o Brasil entre
os países de origem do motorista. Chamaram o supervisor, mas quem resolveu, foi
um funcionário mais antigo, negro de 2,5m de altura, que sabia que se precisava
apertar umas teclas PF (se não me engano a 5) para encontrar a lista de países
onde estava o Brasil. Fora esta pequena demora e a tentativa de me dar um carro
de nível maior e mais seguros (claro cobrando) tudo se acertou e às 9:20 estava
entrando no carro, um Toyota Yaris vermelho (mais adiante publico uma foto).
Ao receber o
contrato, já no carro, percebi que haviam incluído mais $24 pelo GPS ($12
por dia – o GPS no WalMart custa $100 – em menos de dez dias de locação eles
pagam o GPS – eu contribuí com 2 dias). Além disso o seguro, que na reserva era
de $11 por dia, passou para $ 22 por dia – só dobrou. E as taxas também subiram,
agora eram 5 taxas (customer facility charge, concession fee, NM leased vehicle
surcharge, sales tax e rental car tax). Nestas alturas o valor total já estava
em 73 (locação com taxas)+ 44 (seguro) +24 (GPS)= 141. Usando minha formula de
conversão, já estava pagando R$ 423.
Segui em frente e
saí a passear pela cidade ainda pela parte da manhã. Como na caminhada de ida
ao aeroporto vi que havia uma linha de ônibus que fazia o shuttle entre as
garagens dos carros alugados e a área de chegada do aeroporto fiquei pensando
que na volta, ao entregar o carro, poderia pegar o ônibus e ir com ele até mais
próximo de meu residencial, diminuído a volta a pé. Não funcionou. Depois
conto.
Já me localizo bem
na região em que estou, então fui ao centro de Albuquerque sem usar o GPS, e
transitei pelas ruas principais. Resolvi ir conhecer o rio Grande que corta a
cidade no seu lado oeste. Peguei a Central Ave e fui até encontrar a ponte que
passa sobre o rio.
Aqui um parêntesis,
a Central Ave é parte da antiga Rota 66 (http://pt.wikipedia.org/wiki/U.S._Route_66),
famosa nos anos 60 e cenário de vários filmes, entre eles Easy Rider – Sem destino
(http://pt.wikipedia.org/wiki/Easy_Rider).
Bem, retomando, nesta
época do ano, chamar o rio de Grande é uma pretensão, pode até ser grande em
comprimento (e é), mas em largura, especialmente enquanto corta Albuquerque, tem menos largura e água do que nosso arroio do Dilúvio. A seguir uma foto da
cidade com o rio na primavera, quando está mais cheio. Mesmo assim, nem perto
do Guaiba.
É bom lembrar que
estamos no deserto e para não desmerecer o rio Grande aí vão algumas outras
informações. Ele corta todo o estado do Novo México, tem 3.034 km de
comprimento, nasce nas montanhas San Juan no Colorado há 3.900
m de altura e desagua no Golfo do México. É um dos maiores
rios da América do Norte, e, a partir de El Paso, serve de fronteira entre os Estados
Unidos e o México. Este é o famoso rio
utilizado por muitos imigrantes ilegais que, com a ajuda de coiotes, entram ilegalmente
no país.
Ainda pela manhã
fui até a loja da AT&T, tem só uma em Albuquerque que vende produtos ao
consumidor final. Fica num shopping na 2200 Louisiana Blvd NE. Avaliei se
poderia trocar meu telefone por um smart phone mantendo o mesmo número.
Resposta: claro que sim, basta pagar.
Tem um plano de $60
ilimitado mais o telefone que está na casa dos $100. Para manter o
mesmo número que já tenho preciso retornar a loja no dia 17 (que é o dia em que
comprei o telefone em dezembro, e que fecha um mês de uso). Até lá vou decidir.
Aproveitei e fiz o
rancho da semana no WalMart. Refiz o estoque de congelados de $1, de bebidas e de
saladas de frutas.
Na parte da tarde
continuei meus passeios pela cidade e aproveitei para almoçar. Escolhi uma padaria
e comi umas torradinhas, tudo bem leve. Fui a casa da Carolina, filha do prof.
Franco para pegar alguns itens que ela dispunha para me emprestar. Peguei um
balde, uma vassoura esfregão, facas, panelas, panos de pratos e outras
facilidades domésticas. Estou completamente equipado como “dono de casa” –
agora não necessito mais nada.
Fui também a casa
do mecânico Jorge (um mexicano) que amigos da Carolina conhecem e que me
indicaram para comprar um carro. Ele tem um Kia Rio bem antigo, com capô azul
em um carro de cor marrom – um belo contraste. Quer $ 1.500. Fiquei de
verificar qual a documentação necessária para registrar o carro em meu nome e voltar
a falar. Fiz algumas pesquisas na internet e não vai ser fácil. Tem uma série
de providencias para realizar e já estou achando por demais burocrático. Nos
próximos dias vou continuar avaliando.
Nesta altura já
começava a escurecer e voltei para o residencial que tem um amplo
estacionamento. Foi fácil estacionar bem debaixo de minha janela. Subi preparei
deliciosa janta com congelados, assisti alguns filmes com legendas em inglês,
acho que ajuda a apreender, e fui dormir porque no dia seguinte, domingo, programei
uma viagem para Santa Fe, Los Alamos e Taos.
Conto no próximo post,
não sem antes mencionar, que para ver filmes na TV tive de pagar mais uma taxa.
O quarto vem sem TV, apesar de ter o box da DirectTV. Você pede para instalar a
TV e eles te cobram uma taxinha adicional de $ 30 por mês para ver televisão. Eles
é que inventaram o capitalismo.
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