terça-feira, 28 de janeiro de 2014

Atividades a sombra do Sandia

Conforme relatei as aulas recomeçaram. Assim, todos os dias estou indo para a Universidade (agora tenho uma sala lá) e fico durante o dia, retornando às 17 h. Começamos (prof. Ramiro e eu - depois o apresento) a organizar um workshop do projeto GINET (Global Innovation Network for Entrepreneurship and Technology) que ocorrerá entre 2 e 4 de Abril aqui no Centro de Câncer da Universidade e para isso estão acontecendo algumas reuniões no campus. Na verdade, aqui em Albuquerque a UNM têm três campi (há outros em outras cidades do Estado do Novo México). O Central Campus, o South Campus e o North Campus.

O South Campus que é o que fica mais próximo do meu residencial (mais próximo do aeroporto) é destinado a práticas esportivas. Há um estádio de futebol americano (é um estádio mesmo não é apenas um campo), um de basebol, um ginásio poliesportivo usado para o basquete, além de campos suplementares e quadras de tênis. Veja algumas imagens comentadas.
 Quadra do Ginásio poliesportivo usado principalmente para basquete
 Fachada do Ginásio poliesportivo
 Estádio de futebol americano (passo na rua do lado todas às vezes que vou a pé para o Central Campus)
 Vista externa do estádio de futebol americano (passo em frente todos os dias)
 Vista aérea do estádio de baseball (é do outro lado da rua do estádio de futebol)
Vista externa do estádio de baseball
O North Campus é ocupado pela área da saúde e pelos advogados. A UNM têm vários hospitais e institutos de pesquisa neste campus, inclusive o Cancer Center onde irá se realizar o workshop do GINET.
Eu estou no 2º andar do prédio 46 da Engenharia Elétrica (com um X no mapa) do Central Campus, onde se concentram todos os demais cursos da UNM, inclusive o Union, a biblioteca e a bookstore.
O Union é um prédio onde  ficam os diretórios acadêmicos, uma grande praça de alimentação e áreas de estudo e repouso para alunos. Os diretórios ficam no subsolo, a praça de alimentação no nivel do chão e no segundo piso às áreas de estudo e repouso.
Vista externa do Union
Vista interna do Union
Além do workshop já agendei participar de um grande evento organizado pela T2 Venture Creation (http://www.t2vc.com/) – consultoria em design de inovação que desenvolveu o difundiu o conceito de The Rainforest (http://www.therainforestbook.com/), livro escrito por seu diretor Victor W. Hwang que esteve na PUCRS apresentando o conceito. O evento será na Califórnia. Vou a San José no dia 16/02 e volto dia 19.
No sábado (25/01) chegaram mais dois colegas da PUCRS, o prof. Minotto e o Dr. Salvador que estão hospedados no mesmo residencial que eu. Ambos são da área médica da PUCRS e vieram fazer uma imersão nos sistemas hospitalares da UNM.
No fim de semana que passou, no domingo (26), aproveitando a presença dos colegas que alugaram um carro, fomos ao topo das montanhas aqui da cidade, as Sandia Mountains (http://en.wikipedia.org/wiki/Sandia_Mountains).
A cidade de Albuquerque tem uma conexão forte com as montanhas pois elas são um pano de fundo para a cidade. Pelas imagens é possível confirmar.

A estação de esqui tem várias pistas e mesmo sem que esteja muito frio estão nevadas e vimos várias pessoas esquiando.
Inclusive um jovem aprendiz como o da foto. É difícil competir quando eles começam a aprender com esta idade.

No Facebook criei um álbum para a família com as fotos que tirei lá em cima, na estação de esqui e no ponto mais alto da montanha, o Sandia Peek com 10,678 ft (3.255 m)
Observações do cotidiano - Fidelização de clientes
Aqui está um uso um sistema de fidelização de clientes interessante. Quando você compra algo em uma loja que tenha o sistema de fidelização eles te dão, sem qualquer necessidade de requisição ou preenchimento de informações, um cartãozinho com código de barras, que passa a ser seu código de relacionamento com o varejista.
O primeiro que eu ganhei foi da CVS (https://www.cvs.com/extracare/landing.jsp) ainda quando estava em Washington. Como funciona vocês podem ver em https://www.cvs.com/extracare/landing.jsp?t=Howitworks. Você não precisa fazer qualquer cadastro para ir acumulando vantagens. Basta apresentar o cartãozinho na hora da compra e os pontos se acumulam. Quando quiser usufruir dos pontos acumulados é só apresentar o seu código e pronto.
Se desejar pode-se cadastrar no site associando o código do cartão de vantagens aos teus dados. Até aí muito parecido com o cartão Panvel.
A diferença é que eles usam cartõezinhos pequenos que as pessoas colocam no chaveiro junto com as chaves e na hora que passam no caixa apresentam.
Já vi várias vezes chaveiros com uns 5 a 10 cartõezinhos serem apresentados ao caixa na hora de pagar as compras.
Esta semana obtive meu cartão de vantagens do Smith’s que é o supermercado que frequento. Veio no formato tradicional e também no formato de cartõezinhos (2). Todo o dia tem promoções para os proprietários de cartões e estou acumulando pontos a cada compra levando meu cartãozinho no meu chaveiro (que é um pouco espalhafatoso porque a chave do meu quarto também é um cartão – vejam foto).



sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

Volta às aulas

As aulas na Universidade iniciaram nesta terça-feira (21/01). Segunda-feira (20/01) foi feriado comemorativo a Martin Luther King. Então as coisas começaram a acontecer de fato. A vida retomou ao redor do campus.
E minha rotina também mudou. Além de minhas aulas de inglês, tenho atividades na Universidade. O prof. Ramiro Jordan, que é o contato da PUCRS com a UNM e parceiro em alguns projetos (ISTEC – Ibero-American Science & Technology Education Consortium e outros) disponibilizou uma sala no prédio da Engenharia Elétrica e tenho ido todos os dias. Ainda estamos providenciando na burocracia para que eu exista na UNM e a previsão é de que até a próxima semana eu esteja “integrado”, mas já tenho acesso à internet e ao prédio. Por enquanto, como ainda não tenho a chave da sala em que estou, a cada vez que venho, preciso passar na sala do professor Ramiro para que ele a abra para mim.
Agora o tempo para escrever diminuiu. Vão ser mais alongados os tempos entre os posts e mais curtos os textos.

Inicio pondo em dia a correspondência. Continuei recebendo recomendações para minha vida saudável aqui. A maior parte dos e-mails que recebo de familiares e interessados é de “recomendações”.
Todos muito interessados em cuidar da minha saúde e bem estar, sugerindo uma série de coisas, maioria das quais, se eu adotasse, acabariam comigo.

A Maria Joaquina (Cuca), que é hoje quase uma maratonista, me disse que ela, que é pessoa baixa pode caminhar num passo rápido até 6 km/h (4 milhas/h) sem ter nenhum treinamento especial, e que alguém do “meu porte” (espero que se refira a altura e não a largura) com certeza deve fazer isto em menos tempo. E que, portanto, 1 hora de atividade física por dia é algo muuuuito (foi assim que ela escreveu) razoável. Recomendou que eu refizesse meus cálculos prevendo caminhar 4 milhas/dia. Recalculou o que eu caminharia com esta nova meta e disse que seria o suficiente (720 km) para ir visitar minha filha Marina em São Paulo!
Mais adiante comento sobre caminhadas mais longas e enregelantes.

Já minha filha Verônica foi mais razoável (desta vez). Recomendou que eu adquirisse um podômetro. Indicou o do http://www.fitbit.com/, que além de tudo ajuda a controlar as calorias do que eu for comer. “Ele (o podômetro) funciona scaneando embalagens e consolidando todas as informações que eu “tenho lido em pacotes”.
Disse que não aprova os congelados e referendou as recomendações da Sonia – “tem muito sal e carboidrato”. Me instigou a realizar a dieta que ela está fazendo, a tal de “Slow Carb diet” (que eu deveria ter pesquisado no Google). Destacou “Tu vai adorar, a gente se entope de bacon e ovos”. Pela primeira vez me interessei nas recomendações, mas como ainda tenho algum estoque de congelados, semana que vem vou ver isso.
A outra filha, Marina, acreditou em mim e disse que Albuquerque parece com Muncie, onde ela ficou também um tempo, e que são cidades sem nada para fazer. Me disse que quando morou em Muncie, ficava praticamente todo o tempo dentro da Universidade, e que durante os seis meses que ficou lá, foi ao centro umas 3 vezes, não mais do que isso. “Não havia nada de interessante para fazer lá”. As atividades da Universidade eram muito mais interessantes do que qualquer outra coisa na cidade.
Me recomendou que nas viagens de fim-de-semana eu alugue um carro (ou compre passagens de avião tipo Easyjet, que são bem econômicas) e vá ao Colorado "que é muito legal". Destacou Denver e Aspen. “Acho que você vai gostar!”
A filha Roberta não mandou e-mail e não deu notícias. Encontrei com ela no Facebook e pedi que escrevesse 5 frases completas contando o que andava fazendo. Ele se esforçou e conseguiu escrever as cinco frases (no Facebook é claro) e me deu uma ideia do que anda fazendo.
Pelo Skype a Fabíola deixou um recado para que eu cuide para evitar o sódio (nome bonito para sal) e a desidratação, porque apesar do frio, ela pode atacar. Tenho tomado muita água Pure Life Splash Nestle com sabores de Açaí e Limão. Compro no supermercado uma embalagem de 6 garrafas de 500 ml por $ 1,50. Infelizmente não tem no Brasil.
Enfim, na sessão correspondências, sugestões de caminhadas, exercícios, comida saudável, dietas, hidratação, etc... Agradeço a todos pelas boas intenções, mas se acham que só por que vim para os Estados Unidos vou ter de me tornar uma atleta sarado, podem perder as esperanças. Apreciei as sugestões da Marina que não mencionaram alimentação e exercícios.

Apesar de não achar estimulante tenho de continuar caminhando, especialmente agora que preciso ir a Universidade todos os dias. No sábado e domingo (18-19/01) fiz caminhadas mais longas, de 3,5 e 5,3 milhas (veja os roteiro), e nos demais dias tenho mantido a média de 2,5 milhas (ida e volta a Universidade).
 



No Novo México o frio não é aquele que aparece nos noticiários do Brasil. Aquele frio das reportagens é em Detroit, Boston, Nova York e outras cidades lá em cima. Aqui, mais embaixo, o frio, até ontem, tinha sido semelhante a nosso inverno gaúcho. Bastava um casaco e tudo resolvido.
Já estou aqui há mais de 20 dias e o céu sempre foi azul, sem nuvens e sem chuva). Azul, azul bem azul. 

No entanto, ontem (23/01) eu realmente senti frio. O céu nublou e a temperatura caiu. Pela manhã estava uns -2ºC e ventava forte e então deu uma geladinha. Mesmo assim vim a pé para a Universidade, caminhando contra o vento... (queria ver vocês, meus estimuladores do exercício, nessa...).
De tarde melhorou, o termômetro marcou 0,6ºC, com sensação térmica de -2ºC. Tudo bem, pois estava na sala na Universidade. Às 5 da tarde, que é quando o sol se põe nesta época do ano, resolvi voltar para o residencial a pé. Comecei bem, o vento era a favor e quando batia de fato, eu era empurrado para casa.
Mas resolvi passar no super e comprar comida – meus estoque de congelados começou a baixar e precisava repor o estoque para o fim de semana. Aproveitei para pegar meu cartão de rewards do Smith’s. Eles tem um modelo interessante de fazer fidelização, mas vou falar disso em um outro post. Saí do super com quatro sacolinhas e retomei o retorno ao residencial. Bom, aí as coisas se complicaram. Uns três minutos depois de ter saído do super não sentia mais meus dedos. Eles ficaram de fora do casaco para segurar as sacolinhas e congelaram (não se apavorem, as fotos são só ilustrativas, não são meus dedos).
No restante do corpo eu até que estava bem apesar do frio e do vento, mas os dedos não resistiram. Eu ainda estava a umas 1,8 milhas de casa e meus dedos queimavam. Parei, puxei as mangas do casaco para baixo e tentei por a mão para dentro, funcionou, mas quando tornei a pegar as sacolas, os dedos tiveram de se expor novamente.
Sem solução, deixei os dedos de fora e acelerei o passo. Mais uma vez lembrei de todos os conselhos de meus estimuladores de exercícios. Fiz desejos (roguei praga) para que todos eles tivessem que caminhar carregando sacolas nas mesmas condições. 
A última meia milha foi quase a última. Apesar de não sentir muito frio no corpo, comecei a sentir tonturas (frio dando tontura é novidade para mim) e tinha dificuldade em caminhar em linha reta. Depois de pensar em algumas alternativas resolvi que desmaiaria no meu quarto. Acelerei ainda mais e ... consegui chegar.
Liguei a água quente e coloquei minha mão embaixo mas doeu mais do que já doía, então fui para debaixo das cobertas com roupa e tudo para aquecer. Recuperei rápido, uns 5 minutos depois já estava no micro-ondas descongelando meus pratos (não meus dedos) porque não tinha almoçado e estava com muita fome.

Sonhei com todos vocês caminhando no frio, com dedos a mostra, “tocados” por meus estímulos de “vamos lá, faz bem para a saúde”, e outros mais.

sábado, 18 de janeiro de 2014

Fim de semana 18 e 19/01

Fiz o cálculo do que já caminhei desde que cheguei.
Fui e voltei ao supermercado Smith’s (https://www.smithsfoodanddrug.com/) e ao Family Dollar (http://www.familydollar.com/) que é ao lado, umas cinco vezes (3 milhas ida e volta cada vez). Fui ao aeroporto para retirar o carro alugado uma vez (2 milhas). E hoje, sábado, 18/1, fiz um novo roteiro indo até a Universidade pela University Blvd, passando em frente ao Parque Científico e Tecnológico da UNM (http://iss.unm.edu/red/STP.html) e retornando pela Yale Blvd. até encontrar a Gibson Blvd. (4 milhas). Somando, 21 milhas, ou 33,796224 quilometros. É a distância de Porto Alegre a São Leopoldo.
Como estou aqui a 15 dias, se continuar nesta média, quando voltar ao Brasil terei caminhado 404 quilometros. É quase como ir de Porto Alegre a Florianópolis (454 km).
Como havia programado, ainda na sexta (17/1) fui à loja da AT&T para verificar como poderia trocar meu telefone por um smartphone. Vou precisar fazer a troca para que eu possa instalar o “token” do HSBC e operar meu internet bank adequadamente. O HSBC implementou a medida de segurança e praticamente obrigou seus clientes a terem um smartphone. Há uma opção de sistema pré-pago por $ 60 mês (ilimitado) mais o aparelho, um Nokia Lumia 520 com sistema operacional Windows por $ 100. O mesmo aparelho no Brasil está na casa dos R$ 380 (Buscapé).
Apesar de algumas dúvidas que me ficaram (não acreditei muito quando o atendente me disse que não tem qualquer bloqueio no aparelho e que eu posso trocar o chip por de outra operadora e vai funcionar) resolvi fechar o negócio, e então, o vendedor foi buscar o telefone, e... não tinha o aparelho. Ele ficou de pedir reposição de estoque e eu de voltar em outra oportunidade.
Mas esta ida a AT&T me permitiu observar melhor o sistema de transporte urbano da cidade. Para ir a loja que fica na Louisiana Blvd. precisei usar duas rotas de ônibus, a 16/18 que passa em frente ao meu residencial e depois a 766, a Red Line Rapid Ride.
Sempre há lugar para sentar pois os ônibus andam vazios (em qualquer horário – já mencionei que só pobre anda de ônibus aqui). Os ônibus tem duas portas (ou três no caso dos articulados da Rapid Ride) e as pessoas descem por qualquer delas, mas sobem só pela da frente para pagar ou apresentar os documentos de isenção.

É bem interessante. As pessoas nas paradas esperam que desçam os passageiros e só então sobem. Ao lado do motorista há um receptor de dinheiro e emissor de tikets (claro que não tem cobrador). Todos precisam pagar nesta máquina, ou apresentar a carteira de isenção. Então imaginem, desce todo mundo, sobe todo mundo, e todos passam no motorista e põem o dinheiro na máquina – cada parada é quase dois minutos de entra e sai (ainda bem que são poucos os passageiros). Ainda há os ciclistas, que colocam suas bicicletas na frente do ônibus em um suporte especial. Enquanto não está tudo acomodado o ônibus não arranca. Tudo muito calmo e tranquilo.
O ônibus aceita crianças de carrinho e cães. Carrinhos de bebes americanos são bem grandes (inclusive entre os pobres, maior parte dos passageiros) e ocupam um espaço que não existe nos ônibus brasileiros de transporte urbano. Aqui, os primeiros bancos da frente do ônibus são longitudinais o que gera uma área bem ampla para os enormes carrinhos, e assim se resolve a situação. 
Cães também são benvindos e ficam debaixo dos bancos de seus donos (latem menos do que as crianças choram). Todos os ônibus tem sistema de acesso para cadeirantes.
Mas, o mais interessante é que, ao descer, boa parte dos passageiros agradece o motorista e desejam um “have a nice day”. Inclusive quem desce pelas portas de trás, o que faz com que o agradecimento seja digo em voz bem alta para que o motorista ouça. O motorista emite um grunhido, fecha a porta e segue adiante.
Com este sistema quase bucólico o problema que se cria para mim é que há poucos horários de ônibus. A bem da verdade não é necessário mais, porque os ônibus sempre andam vazios. Mas você precisa andar com as tabelinhas de horários para saber quanto tempo vai esperar na parada pelo próximo ônibus. Tem um app que pode ser baixado no smartphone para controlar este horários e se eu fizer um upgrade no meu telefone serei um feliz usuário.

quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

Meio de Janeiro de 2014

Nesta semana da metade de Janeiro recebi comentários de minha irmã sobre a dieta que estou seguindo.
Disse ela que “infelizmente os alimentos da Banquet são ricos em carboidratos, gorduras saturadas e sal”. Orientou-me a optar por pratos com mais legumes e verduras, diz que ameniza um pouco, ainda assim “o problema continua sendo o sal”.
Me mandou cozinhar em casa sopões sem carboidrato durante a semana. E me passou a seguinte receita: “Carne, um pedaço pequeno, frite com cebola e temperos, podem ser até prontos, mas procure sem sal, e coloque pedaços de legumes. Um pouco de massa para sopa, daquelas pequenas, para dar substância e ficas bem”. Por fim recomentou pacotes de sopas frescas prontas. E, reforçou, “boas caminhadas ajudam muito!
Atenção, vou por em negrito algumas das recomendações de minha querida irmã:
- cozinhar em casa sopões sem carboidrato durante a semana;
- frite com cebola e temperos;
- massa para sopa,..., para dar substância;
- boas caminhadas ajudam muito.
Vou me abster de fazer comentários..., mas as recomendações não são ‘exatamente’ orientadas para meu perfil.
Ainda assim, fui buscar alternativas e ... troquei o fornecedor das comidas congeladas, larguei a Banquet e adotei a Michelina’s (http://www.michelinas.com/). 
E não parei por aí, fui ler detalhadamente os Nutritions Facts dos produtos. Escolhi a linha Traditional Recipes e observei que há uma referência explícita a Carboidratos e no prato que eu almocei hoje (Stir Fry Rice & Vegetables with Chicken in sauce) eram 55g, ou 18% de uma dieta de 2.000 calorias dia. Quanto ao Sódio (que recentemente virou o vilão da moda no Brasil), tinha 940 mg, ou 39% da dieta de 2.000 calorias. Como o prato é bem pouquinho, tem só 227g, comi também um Banquet remanescente que tinha 33g de Carboidratos (11%) e 520 mg de Sódio (22%). Eram Chicken Nuggets and Fries (142 g).
Então, calculando, no almoço, comi (18 + 11) 29% dos Carboidratos de uma dieta diária de 2.000 Calorias, e (39 + 22) 61% do Sódio. Considerando que uma dieta de 2.000 dia me levaria a desnutrição, sobrou muito ainda para consumir no café da manhã e na janta.
Assim sendo, creio estar definitivamente comprovado que estou me alimentando bem, sem precisar cozinhar sopões.
Minha filha mais internacionalizada, a Verônica (apesar das outras já terem muitas milhagens) também fez comentários. Voltou a se manifestar dizendo que “qualquer criança sabe que as taxas de aluguel de carro publicadas, que são baratíssimas, não incluem seguro... Manifestou sua preocupação com meu futuro e chegou a por em dúvida meu status profissional e social por não saber destas coisas.
Talvez ela tenha lido meus reclames muito rapidamente e não tenha percebido que o que de fato ocorreu é que me informaram que o seguro teria um preço, e me cobraram o dobro. Além disso, eu conhecia as taxas de tributos, mas, apareceram várias outras desconhecidas. Assim, reitero, cuidado com os preços, não são o que parecem – são sempre maiores.
Nesta semana conheci o sistema de transporte público de Albuquerque. Entendi os mapas e como funcionam as conexões. Bem em frente ao meu residencial tem uma parada da Route 16/18 – Broadway/University/Gibson.
São várias as Routes, e há também linhas expressas. Todas se cruzam em algum ponto, então é possível fazer baldeações e chegar a todos os lugares atendidos pela rede. A passagem individual é $1, mas tem um passe diário de $2 que permite os transbordos.
Todas as rotas tem tabelas de horários que são cumpridos. O problema é que são poucos os horários. Para ter uma ideia, na minha rota, se você perde o ônibus das 8:27h, o próximo é só às 9:17h, e o seguinte às 10:05h, um intervalo de 50 minutos entre cada passada.
O ponto final da Route 16/18 é o Alvarado Transportation Center. Um belo prédio no centro da cidade que concentra os ônibus municipais, os interestaduais e os trens (veja fotos). Várias rotas terminam lá.

Peguei o ônibus das 9:17h e fui até a estação Alvarado, e comecei a caminhar pelas ruas do centro, que é pequeno, mas com vários prédios altos (algo incomum no restante da cidade – veja foto).
Bem, é quase deserto e sem comércio de rua ativo. Pouca gente na rua - imagino que estivessem nos prédios. E quem está na rua, na sua grande maioria, são pobres e/ou desocupados (homeless).
Esta é uma constatação. Na rua, caminhado (que nem eu) só pobre. Quem pode anda de carro. De vez em quando se vê uma madame passeando com o cachorro, um componente da geração saudável vestido de roupas apertadas correndo pelas ruas, e alguns estudantes. O resto, tudo pobres e indigentes – tem muitos.
Especialmente nos arredores da estação Alvarado havia uma concentração bastante grande. Caminhando acabei por descobrir por que. Ao redor da estação estão as principais instituições religiosas com os abrigos e sopões para desabrigados.
Vi pelo menos duas delas. E claro, como não poderia deixar de ser aqui na América, amplas e quase suntuosas. Cheguei a pensar em entrar na fila para experimentar a sopa e conhecer os alojamentos.
Decepcionado com o centro resolvi voltar e me dei conta que meu ônibus só estaria disponível em 45 minutos. Resolvi então pegar uma linha expressa que passa em frente a universidade, e, novamente, fazer o restante do caminho até meu residencial a pé.
No próximo post pretendo apresentar um cálculo do já caminhado por aqui. Estou me sentindo o Tom Hanks no Forrest Gump atravessando os EUA a pé (http://pt.wikipedia.org/wiki/Forrest_Gump).


terça-feira, 14 de janeiro de 2014

Fim de semana 11 e 12/01 - Parte II

Domingo (12/01) acordei cedo, comi a salada de frutas matutina, peguei a máquina fotográfica, o carro, e parti com destino a Santa Fé. Fui pela InterState New México 25, que corre no mesmo trajeto da US 85. Ainda não entendi bem isso, parece que as antigas estradas (US 85) quando reformadas e transformadas em highways recebem um novo número (I 25).
Neste trajeto só se trafega no deserto. Fiz algumas fotos. Algumas vão aqui (as demais estão em um álbum privado no Facebook). É bonito, mas não é a minha predileção. 







Parece que está tudo vazio, mas existem vários vilarejos no caminho. Acontece que todos pintam as casas de marrom ou ocre e então, como tudo é baixo, você não distingue as casas no deserto, fica tudo integrado.
Creio que deva existir alguma legislação que proíba o uso de outras cores. Vai ver que se alguém pintar a casa de azul leva uma multa ou é repudiado pelos vizinhos.
Bem, em todo o caso, depois de alguns minutos trafegando em uma auto estrada cheguei a Santa Fé. É menor que Albuquerque, mas tem a mesma disposição geográfica, tudo espraiado.
Não deve ter nenhum prédio com mais de três andares na cidade, largas avenidas cortam a cidade e ao seu lado desenvolve-se a vida local. Não achei atrativos em Santa Fé (mas também não procurei). Fui a Los Alamos, queria conhecer a cidade do Laboratório Nacional de Los Alamos.
Para ir a cidade de Los Alamos (http://en.wikipedia.org/wiki/Los_Alamos,_New_Mexico) saí da highway e devo ter pego a 502. A estrada é mais estreita e passa por lugares muito bonitos no deserto subindo até 2.231 m. Algumas fotos.

Não encontrei os laboratórios e como queria ir até Taos, resolvi não procurar muito e segui em frente. Passei por Espanola e pela 68 fui até Taos (http://en.wikipedia.org/wiki/Taos,_New_Mexico). Taos é uma pequena cidade originada do povoado indígena de Taos com 6.000 habitantes. Tem um centrinho histórico bem bonito, mas para estacionar, tem parquímetro. Eu não tinha moedas, então não estacionei. Veja foto.
O restante da cidade, a nova, se espalha pelo trajeto da 68 – tudo esparramado.
Almocei no MacDonalds e comi apenas uma salada, mas tomei um copo gigante de CocaCola. Resolvi voltar, mas procurei no GPS alguma função que me endereçasse via estradas secundárias. Encontrei a possibilidade de marcar a opção de “evitar highways”. Foi uma sábia decisão, fiz toda a volta evitando as grandes estradas.
Saí de Taos pela 68, peguei a 502 até Los Alamos (entrando pelo outro lado da cidade) e segui pela 4 até a 550 (veja mapa). Uau, que cenários. Realmente fantásticos.
Realmente não dá para conhecer um país trafegando pelas highways. Se tiveres tempo tens de marcar a opção “evite highways” no teu GPS e aproveitar o cenário.
Minha volta de Taos a Albuquerque foi sensacional.
Ainda no trajeto entre Taos e Los Alamos margeei o rio Grande que na região de Espanola é muito bonito. É um rio pequeno, cercado do cenário de deserto, mas com vários pontos nevados. A estrada passa muito perto do rio e há vários pontos de descanso que te permitem molhar os pés no rio (além de fazer piquenique e havia placas orientando para pescarias). Algumas fotos. 







Quando caí na 502 e na 4 encontrei um outro panorama, completamente diferente do deserto pelo qual transitei na ida. Parecia que eu estava na Floresta Negra nevada da Alemanha.
O trajeto passa pelo Valles Calldera National Preserve e por Jemez Springs. Imperdíveis. A cada curva uma surpresa. Para mim que gosto de montanhas e neve, o cenário perfeito.



A 502 me levou a entrar em Los Alamos pelo Norte e encontrei o Laboratório Nacional de Los Alamos (http://pt.wikipedia.org/wiki/Laborat%C3%B3rio_Nacional_de_Los_Alamos). Vendo se entende bem porque é dos Estados Unidos que surgem as coisas. É um complexo gigantesco. Só pude ver ao longe (veja foto).
Os dados quantitativos são impressionantes. E existem vários complexos de laboratórios como este espalhados por todos os Estados Unidos.
Segui a viagem e peguei a 4. Ela margeia a Reserva e apresenta paisagens incríveis. Praticamente a cada quilometro há um ponto de observação, um recanto, um mirante, área de descanso, enfim, lugares aprazíveis, tudo muito arborizado e, nesta época, nevado.
Tirei muitas fotos, mas perdi muito mais. Já estava entardecendo, e como o sol se põe lá pelas 17h eu precisava retornar. Segui pela 4 até a 550, que já é uma estrada maior, e cheguei, já noite (18:30) em Albuquerque.
Fui ao meu quarto, descarreguei as coisas, e fui devolver o carro na locadora. Antes abasteci, e como o tanque estava na reserva, pré paguei $ 50 para encher o tanque (você vai no caixa, diz a bomba e o valor, e o caixa libera o combustível), no entanto, só consegui por $ 35 de gasolina no carro – resumo – perdi $15 de combustível.
Como já falei pensava em utilizar o shuttle para diminuir minha caminhada de volta. Não deu certo, o ônibus só para na área de desembarque do aeroporto, e então optei por retornar de taxi. Mas por incrível que pareça não tem taxis no aeroporto. Aviões chegando a toda hora e não tem taxi. É bem verdade que a maioria das pessoas são buscadas ou deixaram seus carros no estacionamento, mas não ter taxi no aeroporto é dose.
Tive que chamar um taxi por telefone. Quando ele chegou, o motorista viu que tinha uma outra pessoa esperando e me perguntou se a podia levar também. Claro que pode, disse – afinal, um carrão grande (como são os taxis aqui) para duas pessoas não é problema, além de econômico e sustentável. Perfeito, embarcou o outro passageiro e fomos. Pensei cá comigo, vai ver que ele vai dar um desconto no valor, afinal está levando dois e vai cobrar dos dois (uns 50% de desconto me pareceu razoável). Que nada, na chegada me cobrou $11 – valor cheio, sem taxímetro que é coisa de subdesenvolvido no Brasil.

Então, este fim de semana criativo acabou me saindo 141 + 50 (combustível) + 11 (taxi) = $ 202. Se não fosse a volta pelo “alpes” de Los Alamos e Jemez Spring não teria valido a pena.