Ainda em
fevereiro, nos fins de semana em que o Salvador viajou para San Francisco, eu e
o Minotto fizemos uma visita a Los Alamos no sábado 15/02. E no fim de semana
seguinte, sábado 22/02, fomos ao cassino localizado no norte da cidade e
subimos a montanha Sandia de teleférico.
Eu já havia ido a
Los Alamos e retornado por estradas secundárias, passando por lugares belíssimos,
com montanhas cobertas de neve. Já falei sobre isso em um post anterior.
Dessa vez, refazendo
o trajeto, já não havia mais neve e o ambiente muito seco tinha mudado muito a
paisagem. Vários acessos a parques estavam fechados tentando assim precaver-se
de incêndios, que são comuns com o ambiente seco.
Eu havia elogiado
tanto a paisagem, e, nesta segunda passagem, sem a neve, já não era aquela
maravilha.
Montanha nevada é muito mais bonita do que não nevada.
Na cidade de Los
Alamos fomos ao Bradbury Science Museum (https://www.lanl.gov/museum/index.shtml)
que entre outras coisas conta a história da bomba atômica. É um museu interativo
(tipo MCT da PUCRS) e é possível manusear vários experimentos. De tempos em
tempos passa um filme relatando o desenvolvimento da bomba atômica americana. Há,
nas áreas de exposição, réplicas das bombas que foram lançadas em Hirochima e
Nagasaki.
Bombas de Hirochima e Nagasaki |
Não e grande, mas é bem interessante. Ficamos lá por quase
duas horas, almoçamos e voltamos.
No sábado
seguinte fomos ao Sandia Resort & Casino (http://www.sandiacasino.com/) e a
montanha Sandia Peak. Aqui no New Mexico há vários cassinos (tem um na área
urbana de Albuquerque, na esquina da Central com a Lousiana Blvd - http://abqdowns.com/
- mas não foi este que visitamos). As comunidades indígenas, que são muitas
nesta região dos Estados Unidos podem legislar sobre o tema de jogos e aprovam
a instalação de casinos, cujos resultados revertem para a comunidade indígena.
Em geral os
cassinos estão integrados com hotéis e alguma outra atividade (campo de golfe,
teatro, centro de convenções, estádios, etc.). São complexos de hospedagem,
shows e jogos. O Sandia Resort & Casino é um complexo ao pé da montanha com
mais de 300 quartos, amplo centro de convenções e campo de golfe. Passeamos
pelos salões de jogos e pelo centro de convenções.
Entrada principal do Sandia Resort & Casino |
Entrada principal do Sandia Resort & Casino |
Jogamos nas máquinas caça niqueis e eu apostei US$ 10 e ao final, depois de muito, trim-trim, blim-blim e
outros sons, fiquei com US$ 10.50. Ganhei US$ 0.50 depois de jogar uns 20 minutos.
Fato incomum.
Hoje não se joga
mais com moedas, é tudo eletrônico. Você insere o crédito na máquina (pode ser com
dinheiro, cartão de crédito, cartão do cassino, e tickets de crédito que as
máquinas devolvem aos apostadores ao final do jogo) e começa a jogar. A máquina
informa o saldo, e ao final (quando o saldo não é zero) você pede teus créditos
e a máquina imprime um ticket com o saldo. Você pode ir a outras máquinas para
jogar ou receber em dinheiro em maquinas localizadas próximo a saída.
Nos cassinos há vários
locais para fazer refeições e lanches, em geral, bem em conta. Creio que a ideia
é manter o cliente o máximo de tempo no cassino, então dar boa e barata alimentação
e conforto é uma prioridade.
Fomos no início
da tarde e o público é principalmente de aposentados que ficam jogando nas máquinas
caça níquel muito, muito, muito tempo (o cassino funciona 24h dia - não fecha
nunca). Cruzamos com um senhor que levava de uma máquina a outra, em um carrinho,
seu tubo de oxigênio que estava conectado em seu nariz, como se fosse a coisa
mais normal - se divertia e respirava ar de qualidade.
Ainda antes de ir
ao casino já tínhamos comprado os tickets para subir o Sandia Peak de teleférico
via o Sandia Peak Tramway (http://www.sandiapeak.com/).
Escolhemos ir a tarde porque queríamos ver o por do sol lá de cima do Sandia.
Através do bondinho se sobe 4.000 pés em 15 minutos. São dois trechos, sendo o
segundo o mais longo e impressionante. É muito alto, e ficar olhando para baixo
dá vertigem. Lá em cima, na chegada ficamos a 10.378 pés de altura. (veja foto
do Minotto a 3.163 m).
Quase chegando com Albuquerque ao fundo |
Este é o segundo trecho, quase não dá para ver a chegada lá em baixo |
Minotto a 10.378 ft. |
A vista é muito bonita, para todos os lados da montanha.
No lado oposto da chegada do teleférico ficam as pistas de sky (que já mostrei
em outro post) e que naquele dia já estava vem ralinha, de forma que não
estavam mais esquiando). Descobri, que quando não há neve, utilizam um trajeto
alternativo, que cruza as pitas de sky descendo para fazer rali de bicicleta.
Montanha abaixo deve ser interessante.
Ao lado da
chegada no topo há um café restaurante todo de madeira, e apesar de cheio,
sentamos nos cantos para tomar uma demorada cerveja esperando o por do sol.
Demorou demais e então resolvemos descer antes do sol se por completamente.
Mesmo assim foi possível ver uma bela paisagem em todas as direções.
É uma visita
interessante e estava bem frequentada principalmente de turistas dos estados
americanos das redondezas. Vários casais passam o fim de semana hospedados nos
hotéis cassinos e fazem os programas tradicionais de turistas - o Sandia Peak é
um deles.
Albuquerque ao pé da montanha |
O outro lado da montanha - início das pistas de sky |
Alto das pistas de sky |
Chegada do bondinho no topo da montanha |
Maquina come
moedas
Aqui se dá troco.
Não importa se é de 1 cent. Eles dão. E não oferecem balas como substituição.
Então, dado este costume de devolver troco, rapidamente juntei muitas moedas. E
como não queria andar com elas no bolso fui colando num copo em meu
apartamento. Juntou bastante rápido. Então pensei como poderia passá-las
adiante. Juntei todas, de 10 em 10 e fiz pacotinhos com durex. Ficou bom - sabia
quanto tinha cada pacotinho e podia utilizar quando fosse fazer alguma compra.
Mas, para quem recebesse seria um pouco inconveniente, pois teria de desmanchar
meu pacotinho e contar. Estava acumulando e já estava pensando em levar todos
no bolso para apresentar na próxima compra.
Eis que, um dia
desses, estava entrando no meu supermercado - o Smith's e ouvi um barulho de
moedas rolando/chacoalhando. Fui olhar e, num canto, um rapaz estava jogando moedas
em uma boca de uma máquina. Verifiquei que ao final, ele pegou um ticket na
máquina e foi fazer compras.
Fui investigar e
descobri que a máquina conta as moedas e te dá de volta um ticket que podes
usar como dinheiro para fazer compras ou um cupom de doação que você escolhe
para quem doar, e para fazer isso, cobra uma taxinha de alguns centavos. Considerei
a máquina comedora de moedas uma achado. Voltei para meu quarto e desmanchei
todos os pacotinhos de moeda que tinha feito e no dia seguinte fui até a
máquina e coloquei todas elas lá e recebi um ticket de US$ 5,51 para usar nas
compras. Nem me importei com a cobrança de alguns centavos que a máquina fez.
Fiquei pensando por que não temos estas máquinas no Brasil. Só tem vantagem
para todo mundo. Então comecei a bolar um plano de negócio para levar as máquinas
para o Brasil. Não vou dar detalhes, mas idealizei uma máquina em formato de robô,
que na boca teria o local de depósito das moedas. A máquina faria uns
barulhinhos, emitiria o ticket (quer sairia da mão do robô) e além disso uma
figurinha (para atrair crianças). Seria o robozinho comedor de moedas - um
sucesso.
Já estava
começando a procurar os fornecedores e pensando na minha aposentadoria quando,
pesquisando na internet, encontrei " Start-up cria máquina que troca
moedas por cupons" (http://oglobo.globo.com/sociedade/tecnologia/start-up-cria-maquina-que-troca-moedas-por-cupons-10992946).
Uma start-up do Rio de Janeiro chegou na minha frente e já está trazendo as
máquinas para o Brasil (apesar de não ser um robozinho).
Meus concorrentes chegaram primeiro |
Infelizmente, meu empreendimento, que eu ia hospedar na RAIAR não irá acontecer.
No próximo post
contarei de um novo empreendimento do qual participei, produzir vinho (veja minha
produção).